Caique Verli

Repórter da Redação Multimídia

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Isto pode ser chamado de rua? Prefeitura diz que sim

Confira a coluna Dona Encrenca desta terça-feira, 17 de janeiro


Dizem que Luzia dos Santos Ottoni é o nome de uma rua lá no bairro Cacique 2, em São Mateus, Norte do Estado. Mas quem mora lá se recusa a chamar um espaço sem calçamento, com mato, valetas, buracos e lixo, de “rua”. E os moradores até têm uma certa razão.

A rua, que na verdade é uma ladeira, é um transtorno para a comunidade. Entra governo e sai governo e nada é feito para mudar.

E aí, moradores como o “seu” Antônio dos Santos, que é deficiente visual, sofrem com a situação. Sair de casa, o que para muitos é algo simples, para ele é um verdadeiro desafio.

“Sou evangélico e para ir na igreja é muito difícil. Preciso do meu irmão, que vem, me ajuda a subir a ladeira e depois tem que me levar de volta para casa”, relata o aposentado.

Segundo os moradores, esse é um problema muito antigo, que ocorre há anos.

“Moro há muito tempo aqui, entra prefeito, sai prefeito e continua a mesma situação. Parece que ninguém mora aqui para os políticos da cidade”, reclama a aposentada Maria da Conceição Leonel.

A Prefeitura de São Mateus informou que os técnicos do órgão vão na comunidade para fazer um levantamento dos problemas e avaliar a situação. E disse que os contratos da gestão anterior estão sendo revisados. Esperamos que algo seja feito o mais rápido possível, porque não dá pra viver ou se locomover num local assim.

Encrencas

O que fazer com o lixo?

No bairro Maracanã, em Cariacica, morador está insatisfeito com o Disque-Lixo
No bairro Maracanã, em Cariacica, morador está insatisfeito com o Disque-Lixo
Foto: Google Maps

“O serviço de Disque-Lixo da Prefeitura de Cariacica não está funcionando como deveria. Na segunda, liguei para o setor de Limpeza Pública e perguntei como a prefeitura poderia recolher as folhas e o capim que retirei do meu quintal no bairro Maracanã. A moça que atendeu disse que o serviço não está mais funcionando porque o prefeito exonerou ‘todo mundo’ e que, por enquanto, não teria como retirar o lixo da calçada. Perguntei como poderia fazer e ela disse que, se estivesse tudo ensacolado e fosse só mato e folhas, poderia deixar na porta de casa que o caminhão do lixo recolheria. Quando o caminhão de lixo passou, nem parou no ponto, que tinha umas 15 sacolas de mato. Chamei os garis e, depois de negociar com eles e ‘pagar um refrigerante’, eles levaram o meu lixo. Paguei, mas achei um absurdo”.

Rafael Silva, Cariacica

- E bota absurdo nisso, Rafael. Sobre pagar o refrigerante, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) disse que, de acordo com a empresa responsável, a situação descrita pelo morador não foi identificada. Para solicitações e outras informações, o morador pode recorrer ao Disque-Lixo: 0800 283 9887 / 2123-7750 de segunda a sexta, das 7h às 17h. Mas o órgão também esclareceu que o poder público é responsável pelo recolhimento e descarte de resíduos sólidos originados de ambiente doméstico e de ambiente hospitalar da rede pública municipal de Saúde. Resíduos como mato e entulho são da responsabilidade do gerador, que terá que contratar uma empresa especializada para que faça a destinação final do descarte.

Limpeza de terreno

“Existe um grande terreno com muitos focos de dengue e ratos, muito lixo e entulho, onde caminhões descartam material sem nenhum controle. Fica ao lado de minha residência, com muros muito altos, em um bairro residencial. O que a Prefeitura de São Mateus pode fazer? Há muito perigo de doenças, principalmente dengue. O terreno fica na Avenida do Contorno, ao lado do número 577, no bairro Ayrton Senna, em São Mateus. Por favor nos ajudem. Tem muito rato, barata e mosquitos. Tenho em casa dois idosos, de 82 e 89 anos, e fico muito preocupada.”

Moradora não quis se identificar, São Mateus

- A Prefeitura de São Mateus disse que enviou um fiscal para conferir o espaço. O proprietário do terreno, que é o responsável pela limpeza do local foi notificado no mês de dezembro de 2016. A Prefeitura disse que vai retornar ao local para saber se as medidas solicitadas foram cumpridas pelo proprietário do terreno.

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